28 abril 2012


Estava com problemas, nervosa, irritada e fui fazer uma coisa necessária, mas que eu detesto: ir com minha mãe ao cemitério, limpar a sepultura do meu pai (ela não delega essa tarefa) e colocar novas flores.

Fui na má vontade e na angústia. Lá, minha mãe propôs fazermos uma oração pra ele, ali, em pé, e eu a atendi. Percebi mais uma vez, o que já sabia, mas sempre me esqueço: o quanto minha mãe é um mulherão, dona de uma força incrível.

Sempre tão mimada por meu pai, que fazia tudo por ela, e que se foi há um ano e sete meses.
Ela tomou as rédeas da vida e vai em frente, dia após dia, sem lamentos. Claro que ela chora e há épocas (como a de agora, em que meu pai aniversaria) que ela dá uma "caidinha", mas é uma fortaleza e sempre tem uma palavra sábia, apesar da pouca cultura e da sua simplicidade.

Com orgulho digo que dona Linda, 77, continua indo à missa, continua sendo vicentina e continua sua rotina da mesma forma que fazia com meu pai. Dá gosto de ver.

Do cemitério, voltamos pra casa dela, ela tomou um banho, se arrumou toda lindinha e eu a deixei na igreja de Ns.Sra da Candelária para a missa das 15:30, com suas crianças.

Confesso que estou envergonhada de reclamar.