09 abril 2011

Nada será como antes.

Se bem que cada dia é um dia. E hoje, sinto tanta saudade do meu pai, mas tanta, que é impossível descrever.
É uma falta imensa, uma tristeza, misturada com conformação. Hoje comentei com o F.: "O vô teve uma vida feliz, sem grandes expectativas. Ele esperava da vida o que ela podia lhe dar, portanto não se decepcionava nunca."
Ele amou muito, foi feliz com os netos que Deus lhe deu, amava minha mãe e frequentemente nos dizia isso, tinha uma fé inabalável, acreditava na vida eterna, sentia-se preparado para a morte.
E ele se foi. Foi sereno e feliz, o meu pai.

Pai, que saudades, que saudades imensas.
Ontem fui com a mãe fazer o supermercado de todos os meses. Parecia que você estava lá, pai, correndo com o carrinho, dando rasteira na gente, brincando com as meninas do caixa.
Pai, até hoje, sete meses depois da sua ida, as pessoas perguntam de você, falam de você, e têm o maior carinho com a mãe. Você só deixou coisas boas por onde andou, pai.
Eu vou te amar pra sempre.*

*B. que está em Portugal e não usa o facebook, ontem me telefonou e perguntou porque eu não escrevo quase nada mais no blog. Expliquei o que face fazia as vezes do blog e ele respondeu: "mas eu não tenho FB. Volte a escrever, mãe ." Sei que quando ele ler esse post, vai chorar. B., meu menino tão longe, tão sensível, que amava tanto o avô...