23 janeiro 2009

É...

Seria mais um da série emails fofinhos. Mas não posso classificar assim. Devo abrir uma série de emails sérios. Se bem que na verdade nem foi email, e sim um post que me chamou tanto a atenção. Concordo com quase tudo. Bem humoradamente ela fala de coisas super reais, verdadeiras e tristes:


Rita, filha da put* since 1976.

Não consigo decidir se quero ter filhos ou não. Quero fazer faculdade de medicina veterinária*, um filho só vai me atrapalhar.
E se eu me arrepender de não colocar uma filha da putinh* no mundo? Pois o mundo está tão repleto de pessoas, né? Pra quê mais uma? Por vaidade? Espalhar meus genes? Grandes bost*s! Por qual razão eu teria um filho? Pelo bem da espécie humana? E se eu não nasci pra ser mãe? E se eu ficar entediada ou com raiva de tudo que ele vai tirar de mim: sossego, liberdade, viagens, dinheiro, noites de sono... Pra receber o quê em troca? Relembrar a infância? Refletir meus desejos na criança? Cuidar bem dele pra depois receber o que todo pai/mãe recebe? Um chute no traseiro e malcriações! E se eu não tiver desprendimento pra deixar ela ir embora sem me magoar? E se ele morrer? Minha vida será destruída por este fato. Será que conseguirei dormir enquanto ela estiver na rua? No mundo perigoso? Sem minha proteção? E se alguém machucá-lo? Magoá-lo? E se ele não conseguir ser feliz? O que vou dizer nessas horas?

Por qual razão devo ter um filho? Pra na aula de hidroginástica para idosos falar orgulhosamente "meu filho é médico!" E se um dia, quando já for adulto, ele me mandar tomar no c*? Esfrego a cara dele na parede?! E se mesmo ouvindo música de boa qualidade durante toda a vida, ele decidir virar pagodeiro? Ou se ela decidir ser dançarina no baile funk? Finjo que não sou mãe? Critico? Bato na cara? Tranco no quarto? Interno? E se ele escrever "talvez" com "s" mesmo que eu pague o melhor colégio? E se ele me der alegrias infinitas? E se ela for uma filha carinhosa? Como é que vou explicar Deus se eu não acredito nele? Que castigos eu darei? Cuidarei pra que sejam sinceros, livres e que respeitem as outras pessoas? Ou terei que dizer que ser sincero é um erro neste mundo cão?!

Não existe fórmula, não tem manual de instruções, é pra vida toda. Não tem garantia, nem como devolver se o resultado não for bom. E se o resultado for ruim, a culpa é de quem? Minha? Do pai? A gente vai discutir qual defeito a criança tem e de quem veio a "herança"? E se ele for parecido comigo? E se ela for parecida com ele? E se eu me divorciar com sangue no zóio e eu não gostar de olhar pro meu filho porque... ele tem a cara do pai? E se ele só me visitar aos domingos? Posso viver com meu marido para sempre e me orgulhar dela ser parecida com ele! Terei netos? Bisnetos? E quando eu morrer? Sempre lembrarão de mim? Ou vez em quando? Brigarão por causa da herança?

Tostines é fresquinho por que vende mais? Ou vende mais...

*Descobri o que eu quero fazer da vida! Tão orgulhosa de mim!

1 Comments:

At 2/2/09 01:43, Anonymous Anônimo said...

Mesmas indagações que eu me faço
Por sorte não preciso me preocupar com isso ainda pois ainda não achei um congenere que queira ter filhos para entrar nesse dilema
Nem um que não queira ter filhos... :-( snif
hehehe

BIANCA

 

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