15 junho 2007

Eu queria linkar...

Então, eu gostei tanto do post dela, que eu queria linkar só o post, sabe? Mas como não consegui, eu vou escrever o post inteirinho aqui, pois achei muito legal. E de quebra, vocês podem fazer uma visitinha .


O veado do meu amigo

Eu tinha um amigo homofóbico. Me lembro da gente ter brigado MESMO porque um dia o chamei de veadinho. Quanto mais bravo ele ficava, mais eu falava “veadinho, veadinho, veadinho”. Achei que ele nunca mais falaria comigo, mas isso só durou uma madrugada do feriadão prolongado. No dia seguinte ele já estava bonzinho novamente. Ele sempre me chamava de gorda e eu não me importava porque de fato, não achava que era obesa. MAS, ficava bem puta porque ele realmente conseguia fazer piadas engraçadas com a minha, sei lá, suposta gordura. Só que eu tinha descoberto o ponto fraco dele, algo que o ofendia profundamente: chamá-lo de veado.

Durante todo o feriado foi assim, gorda pra lá, veado pra cá e tals. Não se pode esperar muito de pessoas de 17 anos.

Muiiiiitos anos depois, perguntei para o digníssimo o que ele achava se um amigo dele de infância, falasse pra ele que era gay. Ele ficou sério e disse que NUNCA, NUNCA, NUNCA MAIS chegaria perto do elemento.

- MESMO DEPOIS DE ANOS DE AMIZADE?!!!!!

- É, mais ou menos. Não me afastaria totalmente, mas ficaria com nojo.

Certa vez um amigo dele quase o beijou na boca e pela primeira vez depois de quase 15 anos de amizade, eu o vi descontrolado. Com vontade de socar alguém.

Hoje posso chamá-lo de veado que ele não se ofende.

Pois é.

Surpresas acontecem.

Não é que ele foi na Parada Gay? Ele, aquele que tinha pavor, o homem impoluto, que jamais frequentaria um lugar assim. Foi, bebeu, dançou. Fiquei meio perplexa.
Depois lembrei da minha teoria e tudo fez sentido. A magia que acontece com os homens apaixonados. Aquilo que eu chamo de Periquita Power. Se você tem uma e não sabe usar... não sabe o que tá perdendo!
Achei muito bom ele ter se livrado desse preconceito, afinal, a maneira como cada um vive não é da conta de ninguém. Não consigo entender a lógica de se relacionar a opção sexual com outros fatores.

E, ó, Parada Gay é uma puta balada!

Bruxinha Lua, A vida é Filme.