17 janeiro 2007

Férias comuns

Mas o que é que tem de mais ir pra PG? Nada demais, considerando que vou pra lá há anos, desde quando os meninos eram muito pequenos. O fato, além de eu fazer uma festa com meio quilo de linguiça, ou seja, tento aproveitar tudo o que tenho e o que posso, é que foi a primeira vez que fiquei vários dias lá so-zi-nha. E foi bom. Pude observar pessoas*, ver coisas que as vezes passam desapercebidas.

E achei sim, talvez por isso mesmo, a PG mais bonita, mais receptiva.

Ver como a natureza é bonita e inteligente. Foto tirada de dentro do carro na tempestade.

*Uma senhora, avó de família, muito bem vestida, (quer dizer, bem desvestida, ela usava um maiô de natação lindo de grife), bonita, negra. Uma família numerosa, sob imenso guarda-sol branco. A senhora era um poço de grosserias, o que contrariava totalmente sua aparência elegante. Ela repetia uma frase de tempo em tempo, para os netos: "-Sai, doença!" depois brincava, sorria, servia a todos e novamente: "-Sai, doença!" E os familiares se entreolhavam envergonhados. De novo e de novo. De vez em quando mudava a frase para: "-Vocês são mesmo uns doentes!" ou ainda: "Doentes!". Fiquei pensando que tipo de coisas fariam essa senhora ter esse comportamento. Vai saber. Isso me deixou meio entristecida. Os adultos pareciam constrangidos, as crianças pareciam ignorar, talvez já acostumados. O que me abalou foi que ela vestiu as quatro crianças, apanhou os brinquedos e foi para casa com elas, enquanto os demais (talvez pais, tios e o avô, marido da senhoura) permaneceram por lá, tomando sol, bebendo e conversando. Vai entender...


1 Comments:

At 20/1/07 12:12, Blogger Vera Vilela said...

Por isso essas crianças crescem todas doidinhas, Deus me livre, que coisa mais ridícula.

 

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